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Relator vota pela cassação da deputada Flordelis, acusada de mandar matar marido


Documento de 26 páginas, assinado por Alexandre Leite (DEM-SP), cita investigação policial e depoimentos colhidos pelo Conselho de Ética


O deputado federal Alexandre Leite (DEM-SP) apresentou relatório ao Conselho de Ética da Câmara recomendando a cassação do mandato da deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada pelo Ministério Público de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo.


Leite apresentou um voto de 26 páginas, utilizando depoimentos colhidos e trechos da investigação contra Flordelis.

"As provas coletadas, tanto por esse colegiado, quanto no curso do processo criminal, são aptas a demonstrar que a representada tem um modo de vida inclinado para a prática de condutas não condizentes com aquilo que se espera de um representante do povo", escreve o relator.


A partir de agora, o conselho vai decidir se concorda ou não com o relatório e ainda cabe recurso da deputada à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Caso o parecer aprovado seja pela suspensão ou perda do mandato, a decisão ainda precisa ser aprovada por maioria absoluta do plenário da Casa (voto favorável de pelo menos 257 dos 513 deputados).


Posição de Flordelis

Flordelis foi ouvida no processo, tendo prestado um depoimento de cerca de quatro horas ao Conselho de Ética no último dia 13 de maio.


Acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) de ter sido a mentora e a mandante da morte de seu então marido, o pastor Anderson do Carmo, a deputada se disse perseguida e injustiçada, e afirmou, sem citar nomes, que há interesses de políticos do Rio e de lideranças religiosas em sua prisão.


"Minha desgraça é boa para alguns políticos do meu estado que pretendem herdar meus quase 200 mil votos que conquistei e que vou repetir com meu trabalho. Não entrei nessa casa de paraquedas. Eu tenho uma história", afirmou a pastora, que ainda continuou.


"Existe um pequeno grupo de falsos cristãos que querem, a qualquer custo, continuar me agredindo, continuar me rotulando de assassina, para conquistar os fiéis das minhas igrejas que, infelizmente, eu tive que fechar”.


Ao relator Alexandre Leite, Flordelis também falou que houve uma trama entre alguns de seus filhos, sob articulação de Mizael (filho afetivo), que planejaram e executaram o assassinato de Anderson por motivos financeiros e mirando cargos na municipalidade de São Gonçalo.


Tudo isso, segundo ela, sem o seu conhecimento. Flordelis também afirmou que o fato de ter havido essas tramas e acusações mútuas entre ela e alguns de seus filhos não "macularia a imagem da família unida", que passou ao longo de seus depoimentos.


Com informações de Iuri Corsini, da CNN, no Rio de Janeiro



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