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Coleta seletiva deve ser ampliada em Foz do Iguaçu


Prefeitura tem programa de vanguarda no apoio aos trabalhadores da economia verde, uma das prioridades do governo federal


O programa de Coleta Seletiva de Foz do Iguaçu, referência nacional no apoio aos trabalhadores da chamada economia verde, deve ser ampliado com o novo escopo das ações da Itaipu. A prefeitura tem um convênio com a binacional desde 2017, que hoje contempla aproximadamente 140 famílias das UVRs (unidades de valorização de recicláveis) e agentes que atuam no reaproveitamento de materiais recicláveis.


Criado entre 2017 e 2018 em parceria com a Itaipu, o programa, além de dispor de equipamentos, já reformou quatro UVRs e viabilizou a construção de outras três - uma ainda em conclusão. "As unidades espalhadas nas cinco regiões do município têm a estrutura adequada para o trabalho com os resíduos, desde o recebimento, triagem e prensa, além dos espaços como banheiros, cozinha e outras dependências para garantir a qualidade do trabalho", destaca a secretária de Meio Ambiente, Ângela Meira.


O apoio aos catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis está no centro das atenções do governo do presidente Lula, que criou por decreto o Programa Diogo Santana Pró-Catadoras e Catadores para a Reciclagem Popular. Estes trabalhadores já fazem parte do cerimonial presidencial e uma catadora fez parte também dos convidados na posse do economista Enio Verri na diretoria-geral da Itaipu Binacional.


Cooperativas


O programa de Coleta Seletiva conta também com a parceria do Governo do Estado, o qual viabilizou a aquisição de equipamentos utilizados na separação e armazenagem dos recicláveis, "além de caminhões para o transporte dos produtos", explicou a coordenadora do programa, Rosani Borba. “Queremos ampliar o programa e contar com o apoio da Itaipu é sempre importante”, completou.


No inicio do programa, apenas uma única cooperativa de catadores estava formalizada, lembra a secretária Ângela Meira. “Agora, são quatro cooperativas a mais, formalizadas e em funcionamento”, disse. “São cinco cooperativas formadas e operando contratadas pelo Município com pagamento por tonelada, mais o apoio para gestão”, destacou.


As cooperativas têm 140 catadores. “Inclusive, esse apoio é também parte do convênio com a Itaipu. Esse apoio se dá com equipamentos e o técnico auxiliar na parte administrativa”, completou Rosani Borba.


Desde a reativação do programa, mais de nove mil toneladas de resíduos foram recicladas. Rosani lembra que as famílias cooperadas estão no Cadastro Único do governo federal e integradas a programas de assistência social e transferência de renda, “de acordo com os critérios”, comentou. Nas UVRs, ainda segundo ela, as famílias têm um espaço para horta onde são produzidos legumes e hortaliças para consumo próprio.


Mais UVRs


As projeções do programa prevêm a construção de mais duas URVs, elevando para nove unidades operadas por cooperados e dotadas com equipamentos de triagem e armazenamento (esteira, balança, prensa, etc) e um caminhão nas principais regiões de Foz do Iguaçu.


“Sem dúvida, foram momentos muito importantes quando, na entrega da faixa ao presidente Lula e na posse Enio Verri na Itaipu, foram anunciadas as participações de catadoras, pessoas que enfrentam a invisibilidade social para garantir o sustento de suas famílias”, destacou o prefeito Chico Brasileiro.


O programa iguaçuense de coleta seletiva se tornou referência em conservação ambiental, atendendo 100% dos imóveis das áreas urbana e rural com o recolhimento semanal dos materiais no formato porta a porta. O prefeito lembra que todo o trabalho pode ser acompanhado pelos moradores através de um mapa interativo disponibilizado na internet pela Secretaria de Meio Ambiente.


O número de catadores cooperados passou de 70 para 140. Nos últimos anos, os trabalhadores tiveram um incremento na renda mensal que passou de R$ 700, no início do programa, para os atuais R$ 1,6 mil em média, valor compatível ao salário regional do Paraná e acima do salário mínimo nacional, melhorando o poder de consumo das famílias, disse Chico Brasileiro.


Conscientização


O programa conta ainda com diversas outras ações. No ano passado, a Secretaria de Meio Ambiente entregou 60 mil sacolas para coleta de recicláveis. Além de divulgar a iniciativa, as sacolas incentivam a participação dos moradores com orientação sobre a destinação correta dos resíduos.


Em 2022, quatro UVRs, Jardim das Palmeiras, Bairro América, Três Lagoas e Morumbi, se tornaram "ecopontos" para descarte de materiais volumosos, como restos de móveis e de materiais de construção. Além dessas, o descarte também pode ser feito nas caçambas comunitárias espalhadas em diversas regiões do município. No ano passado, foram instaladas 697 caçambas, somando quase 910 toneladas de resíduos recolhidos.


Link: https://www5.pmfi.pr.gov.br/noticia.php?id=51786

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