São Paulo tem chance de ver aliança BolsoGarcia em 2022

São Paulo tem chance de ver aliança BolsoGarcia em 2022 Vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB) terá o apoio do PL, sigla escolhida por Bolsonaro para disputar a reeleição

Nas negociações eleitorais para 2022, o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), tem mantido conversas com o PL. Decidido a disputar o governo do Estado, o tucano deve ter o apoio do partido de Valdemar Costa Neto. Se isso se confirmar, há chance de os paulistas terem como opção de voto a aliança BolsoGarcia, pois o presidente Jair Bolsonaro anunciou na 2ª feira (8.nov.2021) que se filiará ao PL para disputar a reeleição ao Planalto.

Em 2018, Bolsonaro ficou com o tucano João Doria, eleito para governo de São Paulo. Por causa da aliança, Doria abandonou o então candidato do PSDB a presidente, Geraldo Alckmin e abraçou o capitão Bolsonaro. O PSDB está rachado. Doria disputa as prévias dentro do partido com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. O ex-prefeito de Manaus (AM) Arthur Virgílio também concorre, mas não faz frente aos 2 correligionários que polarizam o confronto.

O movimento de Garcia expõe também uma fase ruim de João Doria, que está com dificuldades para vencer as prévias internas da legenda e disputar o Planalto. Garcia é apadrinhado de Doria e já dá sinais de que pode abandonar o barco –pois negociou o apoio do PL e sabe que terá de conviver com uma aliança tácita com Bolsonaro. O resultado das prévias é incerto para Doria. A eleição interna será realizada em 21 de novembro. Além disso, o governador de São Paulo não está bem nas pesquisas de intenção de voto em nível nacional.

A eleição interna será realizada em 21 de novembro. Além disso, o governador de São Paulo não está bem nas pesquisas de intenção de voto em nível nacional. A pesquisa PoderData, realizada de 25 a 27 de outubro de 2021, mostrou que 59% dos brasileiros não votariam “de jeito nenhum” em Doria para presidente, se as eleições fossem hoje. Com o resultado, o governador de São Paulo é mais rejeitado do que Eduardo Leite, cuja taxa é de 54%.