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Líderes em Movimento debate a inclusão e diversidade no mercado de trabalho


Durante evento foi apresentado o case da plataforma TransEmpregos, criada para gerar inclusão, diversidade e equidade


Oito bilhões. O número, além de representar a densidade demográfica mundial, também representa a diversidade que existe entre as pessoas, feitas de diferentes culturas, origens, credos, crenças, costumes e formas de ver e viver a vida. Foi com essa reflexão que a cofundadora do projeto TransEmpregos, Maitê Schneider, iniciou a explanação sobre a plataforma, criada a partir de uma articulação entre ela, Márcia Rocha, João Nery, Laerte Coutinho e Letícia Lanz, em 2014.


“Nunca consegui um emprego. Isso aconteceu porque sou uma pessoa trans que, infelizmente, a meritocracia esqueceu de abraçar. Depois de muita depressão e terapia, me juntei a um grupo de amigos muito especiais e criamos a TransEmpregos. É uma iniciativa que serve como ponte entre gente trans e o mundo corporativo, mostrando que competência não tem nada a ver com identidade de gênero”, enfatizou.


O projeto foi destaque durante painel apresentado nesta quinta-feira (30), no Líderes em Movimento. Além de contar a trajetória e os objetivos da plataforma, a consultora de inclusão diversidade também expôs alguns números importantes obtidos até o momento.


“Temos 1275 parcerias e só no ano passado, foram abertas 1409 novas vagas e houve contratação de 707 profissionais. Hoje, somos 25 mil pessoas com currículos cadastrados, sendo que 40% deles têm graduação, mestrado ou doutorado. São pessoas competentes que não conseguem emprego por serem trans ou travestis”, comentou.


Diante disso, Maitê provocou os participantes a repensarem conceitos como diversidade, inclusão, empregabilidade e equidade. Segundo ela, é preciso que cada um atue como ponte entre abismos de desigualdades sociais e econômicas, respeitando a individualidade de cada uma das 8 bilhões de pessoas e compreendendo que não é possível utilizar a mesma metodologia para oferecer oportunidades, visto que as conquistas são obtidas dos lugares mais distintos.


“Ensinamos empresas a tirarem estimas, a serem mais humanas e entenderem que diversidade é, sim, a nossa maior igualdade enquanto humanidade”, ponderou.


Mas a missão, de acordo com ela, não termina agora. Ainda há uma meta a ser alcançada – e essa depende diretamente da participação e do engajamento da sociedade.


“A gente tem um sonho! Nossa meta de sucesso é acabar com a TransEmpregos. O nosso sucesso só será verdadeiro quando falirmos a TransEmpregos. Para isso, precisamos ser mais de 1.275 empresas. O mundo melhor só vai ser melhor mesmo quando estiver bom para mim, para você e, além de nós, para as pessoas a nossa volta. Não por igualdade, mas com muito mais equidade”, finalizou.


O Líderes em Movimento encerra a programação nesta quinta-feira e contou com a participação de mais de 11,4 mil inscritos, além de palestrantes como Bia Granja, Eduardo Mufarej, Estevan Sartorelli, Francisco Bosco, Viviane Mosé, entre outros.

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