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Produtos da ceia de Natal estão até 95% mais caros, aponta levantamento do Cepecon/UNILA


Consumidores também devem ficar atentos à variação de preços nos diferentes locais de compra, que pode chegar a 76%


Uma pesquisa realizada pelo Centro de Pesquisa Econômica Aplicada (Cepecon) da UNILA apontou que, em 2021, os iguaçuenses estão pagando até 95% a mais pelos produtos típicos do período de fim de ano. O maior aumento foi verificado no preço do lombo suíno, que está 95,5% mais caro se comparado ao Natal de 2020. Esse mesmo produto apresenta, segundo o levantamento, uma diferença de até 76% entre os locais de compra. “A dica para economizar sempre é a pesquisa de preço. E para evitar a ida a vários supermercado – pois a gasolina está cara também, indicamos a consulta pelo App Menor Preço da Nota Paraná, onde é possível saber o local de compra com o menor preço”, orienta o coordenador do Cepecon, professor Henrique Kawamura.


Todas as informações sobre a variação de preços dos produtos natalinos estão no Boletim de dezembro do Cepecon, disponível em https://bit.ly/IPCdezembro .


Como de costume, nesse período do ano os consumidores estão pagando mais caro pela uva passa escura, que apresentou aumento de 91,4%. O frango, proteína também bastante consumida no fim de ano, aumentou 80,5% em relação ao Natal passado. O pernil e o peru também ficaram mais caros, com aumento de 34,2% e 26%, respectivamente.


Na hora de escolher a sobremesa para as festas, o consumidor também precisa ficar atento aos preços. O biscoito champanhe aumentou 10,3%, o pêssego em caldas, 12,6% e o panetone está 31% mais caro.



Cesta básica

Já o índice de preços ao consumidor (IPC-Foz) dos itens da cesta básica apresentou um aumento de 0,7% no mês de dezembro de 2021 em relação ao mês anterior. Entre os itens com maior variação positiva destacam-se pescados (12,6%) e frutas (7,7%). A banana caturra aumentou 27,1% no período, devido ao mau tempo em algumas regiões produtoras. De acordo com O Cepea/Esalq, a banana-prata esta quase escassa no mercado e a expectativa é que permaneça com preços altos até o começo do próximo ano. As chuvas, principalmente na Bahia, podem também afetar toda a oferta no próximo ano.


As carnes, bastante consumida nas festas de fim de ano, continuam com preços altos. A costela bovina aumentou 8,9% e o bovino peito, 6,6%. Já o coxão mole ficou 1,5% mais barato e o contrafilé reduziu 0,88%. O frango inteiro está 1,52% mais caro e os ovos aumentaram cerca de 6,5% nesse mês.


Por outro lado, tubérculos, raízes e legumes estão 10,3% mais baratos, com destaque para a queda de 32,6% nos preços da batata em decorrência da intensificação da colheita da safra das águas. O tomate também apresentou queda no preço de 34,2% com o aumento da oferta. O baixo preço ainda permanece uma vez que a colheita da safra de verão se intensificou nesse mês.

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