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Pela reabertura da Ponte da Amizade, lideranças de Foz e CDE fazem nova rodada de diálogo


Quase seis meses após o fechamento da fronteira, efeitos econômicos e sociais se multiplicam. Em esforço conjunto pela reabertura da Ponte Internacional da Amizade, lideranças empresariais, da sociedade civil organizada e do poder público de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este realizaram nova rodada de negociações. A reunião, nesta quinta-feira, 10, contou com participantes presenciais e por videoconferência. No encontro, foram definidas ações para reunir, em um único documento, as sugestões de protocolo com medidas de segurança sanitária para a reabertura da ponte. No início de agosto, uma proposta com normas de prevenção e funcionamento do fluxo na ponte foi entregue a autoridades do Brasil e do Paraguai (leia na íntegra em www.codefoz.org.br), mas outras foram surgindo. “Representantes de Ciudad del Este e de Alto Paraná, estado ao qual o município vizinho faz parte, conduzirão esse trabalho para unificação dos protocolos”, informou o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu (ACIFI), Faisal Ismail.    Outro ponto abordado no encontro foi a repercussão, nas cidades da região, da alteração feita pelo governo federal do Paraguai em sua normativa que trata do trânsito nas fronteiras do país. “Esse decreto foi mal interpretado e causou certa confusão”, afirmou o presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (Codefoz), Mario Camargo. “No protocolo que elaboramos conjuntamente entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este para a reabertura da Ponte da Amizade, indicamos que esse processo deve começar para moradores da fronteira, o que é permitido pela portaria do governo brasileiro, desde que haja reciprocidade”, frisou. “Quer dizer: para que o morador fronteiriço possa voltar a circular pela Ponte da Amizade, basta que o Paraguai dê essa condição em seu decreto”, explicou Mario Camargo. Padronização dos protocolos Presente na reunião, o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, enfatizou a integralidade da fronteira e disse que a região deve ser vista pelas autoridades como única, do ponto de vista das relações entre as pessoas e do seu comércio. “Nós conseguimos trabalhar de forma unida”, defendeu o gestor. “Precisamos unificar os protocolos para a reabertura e não podemos perder muito tempo na unificação desse documento, pois o prejuízo financeiro e econômico aumenta, e isso também desorganiza o sistema de saúde”, declarou. Conforme Jose Maria Ayala Cambra, chefe de gabinete do governador de Alto Paraná, Roberto González Vaesken, uma reunião será realizada na próxima semana – prevista para o dia 18 de setembro – para a padronização do protocolo sanitário. “O compromisso da governação de Alto Paraná é o de fazer uma reunião com todos os grêmios, instituições empresariais e da sociedade civil de Ciudad del Este e de municípios da região para a unificação dos protocolos”, explicou Jose. Venda on-line Outra medida discutida na reunião binacional, relatou a presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e de Meio Ambiente de Ciudad del Este (Codeleste), Linda Taiyen, abrange a infraestrutura para o serviço de venda on-line. Essa dinâmica está sendo deliberada pelos ministérios de Relações Exteriores do Brasil e do Paraguai.  “O que está sendo estudado é a implementação de postos de entrega de mercadorias da venda on-line. Essas colocações estão previstas para quatro municípios paraguaios, localizados na região de fronteira com o Brasil”, revelou Linda Taiyen.

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