Autores apresentaram lançamentos e falaram sobre como a literatura mudou suas histórias
Consolidada como um espaço democrático, a 18ª edição da Feira Internacional do Livro chega a seus últimos dias no Clube Gresfi, abrindo espaço para diferentes gêneros literários e oportunizando maior participação do público.
As diferentes temáticas abordadas reuniram desde um público espontâneo, nos espaços da Feira, até estudantes nos colégios e universidades. O escritor e roteirista Bruno Ribeiro, levou a estudantes do Colégio Mariano Paganoto, no Jardim Petrópolis, um pouco de sua experiência como jovem escritor.
“Eu nunca imaginei que alguém como eu pudesse ser um escritor, pois a ideia de ser escritor às vezes parece inacessível. Hoje enxergo a literatura como algo extremamente democrático e acessível”, comentou durante a visita.
Ribeiro iniciou sua carreira aos 15 anos. “Me sentia deslocado, sofria bullying , racismo, e a literatura era minha amiga”. Na vida adulta o escritor revela que teve diversas influências e fez uma importante descoberta; “a magia não é exatamente a história e sim, a maneira como ela é contada”.
Autor de 7 livros, o escritor também falou sobre a necessidade de manter uma leitura constante e de como descobrir as melhores histórias. “Se você não gosta de ler é porque não achou um livro certo”, brincou. Ribeiro encontrou inspiração em escritoras como Carolina Maria de Jesus, Lígia Fagundes Teles, dentre outros.
Isabela, 13 anos, uma das estudantes que acompanhou o bate-papo comentou: “Achei tudo muito interessante, não sabia como era a vida de um escritor”. No período da noite Ribeiro falou ao público sobre o livro reportagem “Era só um presente para o meu irmão”, onde relatou a Barbárie de Queimados. “Literatura também precisa falar de coisas difíceis e incômodas”.
Gastronomia
Dentro da programação da Feira, outra participação acompanhada pelo público foi do cozinheiro e apresentador Rui Morschel, que falou sobre a necessidade da valorização de produtos locais no estado. “Trabalhando com gastronomia, descobri que temos uma lacuna na identificação cultural paranaense, e daí veio meu interesse com pesquisador dessa cultura e gastronomia no estado”, disse.
Morschel mantém parceria com o Sebrae/PR no projeto Origens Paraná, onde há fomento e consultoria para quem produz localmente. “O objetivo é conseguir capacitar esses produtores para que tenham o Selo de Indicação Geográfica. Ou seja, produtos que são reconhecidos mundialmente por serem feitos numa determinada região, de uma maneira específica”. No Brasil, o selo é emitido pelo Instituto Nacional de Proteção Intelectual (INPI). Hoje, Morschel trabalha em parceria para encontrar e fortalecer outros produtos no estado. Na Feira do Livro, o apresentador falou sobre o selo e também sobre o livro lançado desta parceria; Mapa da Cultura Alimentar.
Programação desta quarta-feira (25)
Hoje,a programação inicia às 10h com mesa “Sobre crítica, literatura e tradução feminista” com Cleiser Langaro, Emanuela Siqueira e Luciana Vedovato, e segue ao longo do dia com programação que inclui lançamentos, bate-papo, teatro infantil e roda de conversa. Acompanhe a programação completa nas redes sociais (@culturalfoz)
Último dia
Amanhã, quinta-feira, 26, é o último dia da Feira do livro. Uma extensa programação será ofertada aos visitantes. Confira as principais atrações:
10h - Oficina “A letra da canção”, com Aguinaldo Martunuci / Arena Literária
14h - Lançamento do livro “Virkadaz”, com Renata Dembogurski
14h30 - Bate-papo musical e lançamento do livro “Plaquete” com Bernardo Pellegrini 19h30 - Bate-papo com Babi Dewet/ Arena Literária
19h - II Edição “Encontros + pela diversidade” / Oficina 1
19h - Lançamento do livro “Santos Dumont e as Cataratas”, com Micael Alvino da Silva
21h - Encerramento show afro swing com Wugala Flama.
https://www5.pmfi.pr.gov.br/noticia.php?id=52834
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