General Paulo Sérgio Oliveira publicou uma nota e alega que ministro ofendeu as Forças Armadas por sugerir possível ‘orientação’ para atacar o sistema eleitoral
O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Oliveira, divulgou uma nota na noite deste domingo, 24, em que classifica as afirmações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, como “irresponsável” e uma “ofensa grave” ao alegar que as Forças Armadas estejam orientadas para atacar e desacreditar o processo eleitoral nacional. “Além disso, afeta a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições”, afirma o documento. O chefe da pasta alega que as Forças “atenderam ao convite do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e apresentaram propostas colaborativas, plausíveis e exequíveis, no âmbito da Comissão de Transparência das Eleições (CTE) e calcadas em acurado estudo técnico realizado por uma equipe de especialistas, para aprimorar a segurança e a transparência do sistema eleitoral, o que ora encontra-se em apreciação naquela Comissão”. Paulo Sérgio ressaltou, ainda, que as Forças Armadas contam com a “ampla confiança da sociedade, rotineiramente demonstrada em sucessivas pesquisas e no contato direto e regular com a população.
A fala repudiada pelo general foi realizada por Barroso, que é ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante a sua participação no ‘Brazil Summit Europe 2022’. No local, o magistrado não citou nominalmente o presidente Jair Bolsonaro (PL), mas sugeriu que há um esforço para orientar as Forças Armadas a ir atacar o processo eleitoral. “Desde 1996 não tem um episódio de fraude no Brasil. Eleições totalmente limpas, seguras e auditáveis. E agora se vai pretender usar as Forças Armadas para atacar? Gentilmente convidadas a participar do processo, estão sendo orientadas para atacar o processo e tentar desacreditá-lo?”, questionou o ministro da Corte.
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